A request | Um pedido

Help maintaining this blog. Please consider disabling your Adblock plugin on this website. Thank you!

Ajuda este blogue a crescer. Por favor, considera desativar o Adblock neste site. Obrigada!

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Mais um episódio das Crónicas da Rapunzel

Fenómeno curioso este, o dos estranhos que passam por mim na rua e ficam a comentar uns para os outros, nas minhas costas, a minha imagem (capilar), assim como quem comenta a novela, e parecem crer de facto que eu sou como uma TV a que assistem e que não tem capacidade para os ver ou ouvir de volta. Fica a dica: eu oiço sempre! E muitas vezes ainda cometo a proeza de ver também, pelos reflexos nos vidros de portas, janelas e montras (acreditem ou não, ainda há bocado assisti a umas reações engraçadas por essa via).
E lá aconteceu hoje de manhã mais uma vez. Duas inocentes velhinhas a passear o canito e eis que eu passo por elas e que "ai, assim não gosto nada" e "ai não não, que é grande demais" e etc e tal só para resumir, num tom de azedume que – pasme-se – eu ouvi perfeitamente, ainda que de costas (superpoder!). Quis o azar que me apanhassem num terrível humor matinal (que eu nem sabia que tinha), me virasse para trás e berrasse com igual azedume um "ninguém lhe perguntou nada!", antes de seguir caminho com uma sacudidela de juba e o meu habitual passo apressado. Olhem o escabeche que foi! E “ai que não tinha nada que se meter na nossa conversa” e “olha-me esta a achar que é boa” e “ora ora” e etc e tal, sendo agora eu, pois claro, a má da fita, o demónio que do nada se lembrou de ofender duas pobres velhinhas, coitadinhas que só estavam – tão inocentes – a passear o canito.
Para concluir, ia deixar aqui uns quantos pontos como moral da história, mas já mudei de ideias. Está a história contada, plim, cada um que conclua dela o que quiser.

Diana Rosa



Acompanha a discussão no meu Facebook.

#longhairproblems #AsCrónicasDaRapunzel

Sem comentários:

Enviar um comentário

You may also like | Também terás interesse em ler