A request | Um pedido

Help maintaining this blog. Please consider disabling your Adblock plugin on this website. Thank you!

Ajuda este blogue a crescer. Por favor, considera desativar o Adblock neste site. Obrigada!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O que é matar?

Nunca me passou pela cabeça que alguma vez fosse concordar com um texto escrito pelo fundador da IURD, mas como isso acabou de acontecer, acho que o texto em questão é digno de ser aqui exposto.

Segue então o texto sobre o aborto, retirado do blog pessoal do bispo Edir Macedo:



Algumas pessoas têm questionado minha posição quanto à descriminalização do aborto. Um dos argumentos mais citados é quanto ao mandamento “não matarás”. Mas, me parece que o engano está na compreensão da totalidade do significado do termo “matar”.

O dicionário Houaiss, entre as várias definições que apresenta para este verbo, diz: “causar grande prejuízo ou dano a; arruinar.” E também: “causar sofrimento a; mortificar, afligir; ferir.” Vemos, com isso, que matar não é somente tirar a vida de alguém, mas também praticar qualquer ato que impeça que alguém tenha vida com qualidade, dignidade, felicidade.

Permitir que uma criança indesejada venha ao mundo em uma família desestruturada, sem condições de lhe oferecer uma vida minimamente digna, expondo-a à violência, maus tratos, perda da autoestima e tantas outras mazelas, não significa dar um ser à luz, mas sim condená-lo à morte; uma morte social e psicológica, que vai gerar a pior de todas as mortes: A ESPIRITUAL.

As crianças que andam pelas ruas, entregues à própria sorte, não nasceram; elas foram jogadas no mundo, como fruto da inconsequência e irresponsabilidade de adultos despreparados, muitos deles que apenas repetem a história de abandono e omissão da qual também foram vítimas.

Estas crianças, primeiro são odiadas por seus genitores e depois passam a ser odiadas pela sociedade. A mesma sociedade que levanta a bandeira do direito à vida é capaz de virar o rosto em atitude de asco, e atravessar a rua para não passar perto de um menor indigente estirado no chão, cheirando a fezes e urina. O nome disso é hipocrisia.

Os que gostam de apontar pecados, precisam ver que o erro não está em interromper uma gravidez indesejada, mas está antes: na banalização do sexo, na desinformação, nos inúmeros fatores que levam um casal a se relacionar e gerar um filho com o mesmo descompromisso com que encaram a própria vida.

Não estamos fazendo apologia do aborto; estamos dizendo “não” à hipocrisia. As mulheres não deixam de abortar porque isso é um ato ilegal. A decisão de interromper uma gravidez tem como motivo principal o fato de ela não ser desejada, causada por fatores que vão desde uma noite de loucura até violência sexual. Se esta decisão for tomada, ela será levada a cabo, independentemente de sua legalidade, em clínicas clandestinas, que podem levar estas mulheres à morte, mutilação ou sequelas de procedimentos mal realizados.

A legalidade do aborto permite que estas mulheres possam ser atendidas clinicamente da maneira que procede, e não coloquem sua vida em risco. Isso é direito à vida.

A legalidade do aborto evita que crianças inocentes venham ao mundo para sofrer e ter uma vida miserável.

A legalidade do aborto evita a clandestinidade dos procedimentos cirúrgicos.

Uma mulher que deseja interromper uma gravidez, seja pelo motivo que for, não é uma criminosa, é um ser humano em aflição, que precisa ser acolhido, amado, orientado e não condenado. É este o papel que a IURD tem realizado como Igreja.

A todas as pessoas que olham para estas mulheres com ódio e intolerância, achando que com isso estão agradando a Deus, fica esta Palavra: Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele. I João 3:15



Fiquei surpreendida por a IURD ter uma posição destas em relação ao aborto. Com excepção das partes religiosas, que não me dizem nada, acho que o senhor falou muito bem.


Ah, e como este é um assunto polémico e eu não tenho nada que justificar nem discutir a minha posição em relação ao mesmo, fica já o aviso de que não vou responder a comentários menos agradáveis ou que provoquem discussão. Não é esse o objectivo deste post.

1 comentário:

  1. O problema na realidade não é o facto do aborto ser acessivel de forma legal , mas t~er o aborto como directa opção...

    Num pais como o nosso onde existe uma premiscuidade legislativa sob mascaras dos bons costumes é demais perigoso quando a informação é uma desinformação...

    Um exemplo:
    Neste caso é sobre eutanasia...

    Se discutia num algum programa pseudo-informativo sobre Eutanasia , quando um dos intervenientes lança a pobreza para o meio da discusão e dessa forma formando uma imediata desinformação e mesmo descriminação...Agora se imagine quando estas mesmas pessoas são ou poderão ser as que têm acesso à formulação das leis..Perigoso...

    Antes de tudo há que cultivar o individuo para ele reconhecer a sua própria individualidade ou caso contrário o progresso se torna um retrocesso...

    Até já vi macacos a conduzir ferraris e a criraem perfis no facebook...

    Não sou contra o aborto somente contra o neo-liberalismo que há muito já chegou ás razões e seus humanos valores...

    ResponderEliminar

You may also like | Também terás interesse em ler